Com aproximadamente 80% da população humana vivendo em grandes centros urbanos, como poderemos tocar os corações e mentes de crianças, jovens e adultos para que se importem e amem a natureza?
Esse é um dilema que temos que encarar agora ou num futuro próximo.
Em uma geração, o mundo mudou e o aprendizado passou a ser em salas de aulas, ou por meio de telas, sejam elas de computadores, televisões ou celulares. Com isso, vivências em áreas naturais — comuns nas gerações passadas — tornaram-se raras e, por vezes, inexistentes.
As cidades até hoje oferecem parques ou praças, mas a segurança é duvidosa principalmente nas metrópoles. Por isso, frequentar esses espaços deixou de ser incentivado por adultos responsáveis por menores, e as visitas a áreas naturais tornaram-se menos comuns, já que dependem desses adultos para conduzir quem precisa aprender a valorizar as belezas da natureza.
A visitação aos parques tem aumentado no Brasil, mas virou um programa raro, e não mais parte no dia a dia de quem está crescendo. Subir em árvores, brincar na terra, tomar banho de chuva, observar animais em seu meio natural fazia parte do crescimento da maioria das pessoas.
Neste contexto, aprendia-se a amar a natureza durante o crescimento, e
o aprendizado tinha a chance de se converter em atitudes que favoreciam a proteção da natureza como um todo.
Alguns optavam por se tornarem biólogos, ecólogos ou adotavam hobbies paralelos às suas áreas profissionais, como mergulho em alto mar, observação de aves, plantio de árvores ou grupos de estudos variados.
Hoje já não é mais assim.
Nas décadas de 1960-70 ocorreram desastres ambientais severos, que levou um grupo, capitaneado pela UNESCO, a pensar o que deveria ser modificado no sistema educacional para que as pessoas evitassem comportamentos insustentáveis e se tornassem mais responsáveis pelos seus atos.
A grande novidade era a noção de que apenas a transmissão de conhecimentos priorizado no modelo tradicional da educação não era suficiente. Houve, assim, a inclusão do lado sensível, intuitivo, artístico, que era necessário a integração da mente (conhecimentos) e do coração (sentimentos) para levar alguém a se envolver e agir em prol de causas conservacionistas.
Pensadores, muitos deles muito inspiradores, fizeram parte desse grupo e deram uma bela contribuição na formulação dos preceitos da educação ambiental válidos até hoje no que diz respeito aos seus princípios.
Mas, o mundo mudou…
Transformações no mundo nos levam a crer que a educação ambiental também precisa mudar. Afinal, os hábitos humanos hoje são diferentes daqueles da época em que a educação ambiental foi concebida. A formação de pessoas conscientes e preocupadas com questões ambientais precisa de novas abordagens.
E os eventos climáticos extremos trazem ainda maior urgência às necessidades das pessoas se envolverem com a proteção da natureza, que, em última análise, afeta diretamente a vida humana. Ou seja: intensificaram-se os problemas e as soluções parecem ser morosas e insuficientes diante das necessidades atuais.
São muitas as pessoas e organizações empenhadas em contribuir para um mundo mais equilibrado. E os exemplos servem para nos inspirar e trazer esperança de um futuro melhor é possível.
O
Instituto Luísa Pinho Sartori
(ILPS) é um exemplo de organização que busca contribuir para um mundo sustentável.
O Instituto Luísa Pinho Sartori (ILPS) é exemplo que nada contra a maré destrutiva e insustentável comumente observada, ao plantar esperança nos corações e mentes de jovens apoiados com bolsas de estudos ou por meio de prêmios pelos trabalhos que realizam.
Os temas incluem:
❇️ Conservação de espécies
❇️ Habitats ou trabalhos com envolvimento de comunidades locais para que a natureza seja melhor protegida
Parabéns a todas as pessoas que já foram agraciadas com reconhecimentos do ILPS. Sejam finalistas ou ganhadores, esses são os verdadeiros heróis e heroínas do mundo atual porque dedicam-se a causas nobres das quais todo o planeta se beneficia!
É a soma desses exemplos que pode transformar o mundo, trazendo esperança e amor pela natureza – pela vida.
Por Suzanna M. Padua, Conselheira do ILPS
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