Características das cutias e sua importância para a conservação das florestas

Dr Fernando Fernandez • 2 de outubro de 2023

As cutias podem não ser dos animais mais carismáticos de uma floresta, mas são um dos mais importantes. Se as árvores falassem, certamente agradeceriam a elas. Cutias (gênero Dasyprocta, umas onze espécies) são roedores caviomorfos - ou, menos tecnicamente, bichos aparentados às capivaras, pacas, porquinhos-da-índia e similares. 

 

Regiões


Este grupo de roedores é um dos componentes mais característicos da fauna das Américas do Sul e Central, e também dos mais antigos, pois seus ancestrais chegaram aqui há uns 30 milhões de anos atrás, vindos da África. Se você mora no Rio de Janeiro, certamente já viu cutias: há muitas delas no Campo de Santana, em frente à Avenida Presidente Vargas, em pleno centro do Rio.


Hábitos das cutias


Na natureza, as cutias geralmente são diurnas, embora às vezes sejam noturnas. São animais herbívoros, que se alimentam principalmente de frutos, sementes, raízes e algumas folhas. Porém, na Floresta da Tijuca pesquisadores do projeto Refauna já viram uma cutia comendo um coelho nativo, ou tapiti (Sylvilagus brasiliensis). Não é possível saber se ela predou o tapiti, ou apenas se utilizava da carcaça. De qualquer forma, ou ela nunca tinha lido que era uma herbívora e devia se comportar como tal, ou bichos selvagens são mais versáteis e oportunistas do que costumamos acreditar.


Reprodução


Sempre pensamos em roedores como bichos que reproduzem muito, mas os caviomorfos, incluindo a cutia, fogem a esta regra. Elas têm geralmente apenas um ou dois filhotes por ninhada, com até duas ninhadas por ano. Este baixo potencial reprodutivo não as ajuda muito a lidar com as pressões que têm sofrido no mundo atual – das quais a presença de cachorros domésticos soltos em Unidades de Conservação parece ser uma das piores.


 

As "jardineiras da floresta"


As cutias não são animais muito grandes (uns 3 a 4 Kg), mas sua importância para os ecossistemas de florestas tropicais é imensa, desproporcional ao seu modesto tamanho. Não é nenhum exagero dizer que as cutias são as melhores dispersoras de sementes das nossas matas, às vezes chamadas de “jardineiras da floresta”. 


Elas comem frutos muito grandes para um bicho do seu tamanho. Esses frutos tem sementes grandes, de árvores grandes como a cutieira Johannesia princeps e (na Amazônia) a castanheira Bertholletia excelsa, e essas árvores são geralmente as árvores maiores, que caracterizam florestas maduras. As cutias têm o
hábito de comer a polpa dos frutos e, se os recursos são abundantes, enterrar as sementes para consumo posterior – um hábito conhecido como “scatter hoarding”, ou estocagem. 


Outras cutias, porém, procuram ativamente pelas sementes enterradas, as desenterram, e enterram em outro lugar! Deste modo cria-se um balé complexo das sementes sendo movidas de um lugar a outro; uma mesma semente pode ser movida dezenas de vezes! Muitas dessas sementes, claro, acabam perdidas, ou esquecidas, e germinam. Então, cutias são as dispersoras ideais: as sementes são enterradas no chão, em ótimas condições para germinar; são escondidas de predadores; e
são trocadas de lugar favorecendo o fluxo gênico nas populações de plantas. Com tudo isso, são fundamentais para a reprodução das árvores de grande porte, permitindo às florestas manter sua integridade e seu funcionamento. Esses roedores merecem ou não nosso respeito e admiração?


É interessante perguntar porque as cutias dispersam sementes tão grandes para o seu tamanho. Ora, no passado muitas dessas sementes eram dispersadas pela chamada megafauna, ou seja, os grandes animais que havia por aqui até alguns milhares de anos atrás, como preguiças gigantes, toxodontes, mastodontes e cavalos nativos. Todos estes animais foram extintos à medida que a expansão dos humanos modernos pelo planeta foi alcançando toda a América do Sul, entre uns 15 mil e uns 8 mil anos atrás. Os grandes
frutos caídos no chão se tornaram então um recurso subutilizado, e uma ótima oportunidade evolutiva para quem conseguisse alimentar-se deles. As cutias, com seus dentes incisivos muito poderosos e seu hábito de estocar excesso de alimento para consumo posterior, eram bem pré-adaptadas para isso, e assumiram o papel ecológico de dispersoras de muitas sementes que antes teriam sido dispersadas pela megafauna. É por isso que eu as chamo de “megafauna de bolso”.



Quando o projeto Refauna se propôs a restaurar até onde possível a fauna perdida do Parque Nacional da Tijuca, em 2010, a cutia vermelha, Dasyprocta leporina, foi escolhida para ser a primeira espécie a ser reintroduzida. Bom, agora você já sabe por quê.



Texto: Fernando Fernandez (Diretor Presidente do Refauna e Professor da UFRJ)


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A degradação de áreas florestais, por exemplo, contribui para o aumento das emissões de gases de efeito estufa (GEE), enquanto a restauração dessas áreas pode capturar carbono da atmosfera, promovendo o sequestro de carbono. No Brasil, projetos de restauração da Mata Atlântica, um dos biomas mais ricos em biodiversidade, têm apresentado resultados significativos junto de organizações como Pacto pela Restauração da Mata Atlântica e SOS Mata Atlântica. A recuperação dessas áreas não apenas retira CO2 da atmosfera, como também cria um habitat seguro para diversas espécies nativas, muitas das quais ameaçadas de extinção. 2. Agricultura regenerativa A agricultura regenerativa é uma prática que visa restaurar e manter a saúde do solo, reduzir o uso de insumos químicos e promover a biodiversidade local. Ela integra técnicas como o plantio direto, a rotação de culturas e o uso de adubação verde, promovendo uma relação mais equilibrada entre o ser humano e a natureza. Essa forma de cultivo ajuda a mitigar os efeitos das mudanças climáticas ao capturar carbono no solo e melhorar a resiliência das áreas agrícolas a eventos climáticos extremos, como secas e inundações. Países como o Brasil, que possui uma vasta área agrícola, podem se beneficiar amplamente da adoção dessas técnicas, que, além de serem sustentáveis, promovem maior produtividade a longo prazo! 3. Proteção de áreas marinhas Os oceanos desempenham um papel crucial no equilíbrio climático do planeta, absorvendo grande parte do carbono emitido pela queima de combustíveis fósseis. A criação de áreas de proteção marinha (APMs) tem sido uma das soluções mais eficazes para preservar os ecossistemas oceânicos e proteger a biodiversidade marinha. Essas áreas, quando bem geridas, ajudam a preservar espécies marinhas ameaçadas, como corais, peixes e mamíferos aquáticos, ao mesmo tempo que promovem a recuperação dos estoques pesqueiros e mantêm o equilíbrio dos ecossistemas marinhos. Além disso, as APMs contribuem para a mitigação dos impactos das mudanças climáticas, já que os oceanos saudáveis absorvem mais carbono. O Parque Nacional Marinho dos Abrolhos é um excelente exemplo de como as Áreas de Proteção Marinha (APMs) podem ser eficazes na conservação dos ecossistemas marinhos e na proteção da biodiversidade. Localizado no sul da Bahia, esse parque abriga uma das maiores biodiversidades marinhas do Atlântico Sul, incluindo recifes de corais, manguezais, restingas e ilhas oceânicas. 4. Uso de energias renováveis A substituição de fontes de energia fósseis por energias renováveis, como solar, eólica e biomassa, é essencial para reduzir as emissões de GEE e mitigar os impactos das mudanças climáticas. A energia renovável é uma solução sustentável e viável que, além de reduzir a dependência de combustíveis fósseis, contribui para a preservação da biodiversidade ao minimizar o impacto ambiental da geração de energia. Países ao redor do mundo, como a Dinamarca, que já obtém mais de 50% de sua energia de fontes renováveis, mostram que é possível fazer essa transição de forma eficiente. No Brasil, o potencial para a energia solar e eólica é vasto, e investimentos nesse setor são fundamentais para garantir um futuro mais sustentável! 5. Tecnologias de captura de carbono Uma solução inovadora que está ganhando destaque na mitigação das mudanças climáticas é o uso de tecnologias de captura de carbono. Essas tecnologias capturam o CO2 da atmosfera ou diretamente das fontes emissoras, como fábricas e usinas de energia, evitando que ele contribua para o efeito estufa. Embora essas tecnologias ainda estejam em estágio inicial de desenvolvimento e implementação, elas oferecem uma solução promissora para combater as emissões industriais. Algumas empresas e governos ao redor do mundo têm investido na pesquisa e desenvolvimento dessas tecnologias, que podem se tornar parte fundamental da estratégia global de mitigação das mudanças climáticas. A Climeworks, por exemplo, com sede na Suíça, é pioneira na tecnologia de captura direta de ar (DAC), que remove o CO2 diretamente da atmosfera. A empresa desenvolveu grandes coletores de ar que filtram o dióxido de carbono, permitindo seu armazenamento subterrâneo ou utilização em outros processos industriais. A solução cabe ao ser humano As soluções para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e preservar a biodiversidade são diversas e complementares. Desde a restauração de ecossistemas até o uso de energias renováveis e tecnologias de captura de carbono, todas essas iniciativas têm o potencial de reverter parte dos danos já causados e evitar novos impactos no futuro. É fundamental que governos, empresas e cidadãos se engajem na implementação dessas práticas para garantir a sustentabilidade do planeta! Para continuar aprendendo mais sobre como podemos atuar na preservação da biodiversidade e na mitigação das mudanças climáticas, assine nossa newsletter e acompanhe as ações do Instituto Luísa Pinho Sartori. Com você, podemos transformar o futuro do nosso planeta! Não deixe de acompanhar o ILPS nas redes sociais: Instagram | LinkedIn
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O Instituto Luísa Pinho Sartori (ILPS) orgulha-se de promover, desde 2017, um jantar especial que celebra os palestrantes da Biosemana, um evento dedicado a inspirar jovens através de palestras de renomados cientistas e conservacionistas. Em 2024, o jantar ganha um caráter ainda mais significativo, sendo realizado em formato beneficente e homenageando as Dras. Fernanda Abra e Gabriela Rezende, ambas ganhadoras do prestigiado Prêmio Whitley, conhecido como o "Oscar Verde", por suas contribuições excepcionais à conservação. O Jantar beneficente No dia 02 de setembro de 2024, às 19h, o Restaurante Rubaiyat, localizado na Rua Jardim Botânico, 971, será palco de uma noite especial. Amigos, voluntários, professores, associados e conselheiros do ILPS se reunirão para celebrar o trabalho das Dras. Fernanda Abra e Gabriela Rezende, que têm se destacado por seus projetos inovadores e de impacto global na área de conservação. A noite, além de promover o convívio e a reflexão, terá um propósito beneficente. Os valores arrecadados com as contribuições serão revertidos para apoiar as iniciativas do Instituto Luísa Pinho Sartori, fortalecendo sua missão de promover a educação ambiental e a biodiversidade. Contribuição Para participar deste evento exclusivo, os interessados poderão contribuir com R$500,00 (associados e doadores) ou R$600,00 (não-associados). O pagamento deverá ser realizado antecipadamente via PIX, utilizando o CNPJ do ILPS: 22.596.911/0001-66. No campo "informações" do PIX, é solicitado que o participante escreva seu nome completo para confirmação da inscrição. Acesse o link e preencha o formulário para garantir sua participação: Palestrantes homenageadas e o Prêmio Whitley As homenageadas da noite, Dras. Fernanda Abra e Gabriela Rezende, têm sido figuras de destaque no cenário internacional da conservação. Ambas foram agraciadas com o Prêmio Whitley, uma das mais prestigiadas honrarias globais na área de conservação ambiental. Conhecido como o "Oscar Verde", o Prêmio Whitley é concedido pela Whitley Fund for Nature (WFN) a indivíduos que demonstram um compromisso excepcional com a conservação da biodiversidade em países em desenvolvimento. Este prêmio celebra o trabalho inovador e o impacto positivo que esses profissionais têm em suas comunidades e no meio ambiente global. O jantar será uma oportunidade única de conhecer mais de perto as trajetórias das Dras. Fernanda Abra e Gabriela Rezende e os projetos que estão transformando o futuro da conservação. Venha celebrar conosco O jantar beneficente do Instituto Luísa Pinho Sartori é mais do que um evento social. É um momento de celebração, de reconhecimento de trajetórias inspiradoras e de fortalecimento dos laços entre aqueles que acreditam e investem na missão do ILPS. Junte-se a nós nesta noite especial e faça parte de uma causa que transforma vidas e preserva o nosso planeta. Inscreva-se agora Não deixe de acompanhar o ILPS nas redes sociais: Instagram | LinkedIn
13 de agosto de 2024
O futuro do nosso planeta está em nossas mãos. Em um cenário onde a conservação ambiental se torna cada vez mais crucial, apoiar projetos que visam preservar e restaurar a natureza é um investimento essencial para garantir a sustentabilidade e a biodiversidade. Compreender a importância desses projetos e apoiar iniciativas voltadas para a conservação pode fazer uma diferença significativa de mais de 50% na proteção dos recursos naturais e no equilíbrio ecológico . Este artigo explora o impacto das ações do Instituto Luísa Pinho Sartori (ILPS) e como você pode se envolver na causa. Logo ao final, você encontra o resumo dos projetos e o público que ele beneficia. Vamos lá? Artigos relacionados: ● Conheça a BioSemana UFRJ, evento acadêmico apoiado pelo ILPS ● Prêmio Luísa Pinho Sartori de Biologia reconhece trabalhos pela conservação ambiental ● Palestra de abertura na XXVII Biosemana UFR J Importância da Conservação Ambiental A conservação ambiental é fundamental para manter o equilíbrio dos ecossistemas e garantir a saúde do planeta. Com o aumento das atividades humanas, como a expansão urbana e a exploração de recursos naturais, muitos ambientes naturais estão sendo degradados. Proteger esses espaços e promover práticas sustentáveis são essenciais para: ● Preservação da biodiversidade: A conservação ajuda a manter a diversidade de espécies, o que é crucial para a estabilidade dos ecossistemas. ● Recursos naturais: Áreas conservadas garantem o fornecimento contínuo de água, solo fértil e outros recursos essenciais para a vida humana e animal. ● Mudanças climáticas: Ambientes naturais, como florestas e oceanos, desempenham um papel vital na regulação do clima e na mitigação das mudanças climáticas. Projetos de conservação ambiental para você conhecer Vários projetos e iniciativas estão bem engajados na conservação ambiental, promovendo avanços significativos e impactantes. Destacam-se, entre esses projetos, as iniciativas do Instituto Luísa Pinho Sartori, que demonstram um compromisso firme com a preservação e o apoio a jovens talentos na área da conservação. Jovens Talentos para a Conservação O Programa Jovens Talentos para a Conservação do ILPS é uma das iniciativas mais importantes voltadas para o desenvolvimento de projetos que têm impacto direto na conservação da natureza. Lançado em 2017, o programa visa apoiar mestrandos em Ecologia com a concessão de patrocínios financeiros para a execução de projetos inovadores e com resultados efetivos para a conservação. A cada edição, o programa seleciona projetos que abordam desafios ambientais locais e nacionais, proporcionando uma oportunidade valiosa para os jovens pesquisadores contribuírem com soluções práticas e científicas. Impactos e benefícios: ● Com patrocínios em dinheiro, os projetos podem ser realizados com o suporte necessário para cobrir despesas de pesquisa e implementação. ● Inicialmente restrito ao estado do Rio de Janeiro, o programa foi expandido em 2024 para todo o país, permitindo que mais jovens pesquisadores tenham acesso ao apoio financeiro necessário. ● Projetos premiados, como o de Graciane Rocha da Silva Santos sobre o monitoramento do comércio ilegal de raias, demonstram a importância e a eficácia das iniciativas apoiadas pelo programa. Conheça mais sobre o Projeto Talentos ! Beca Luísa A Beca Luísa Pinho Sartori é uma iniciativa dedicada ao incentivo da formação acadêmica e profissional na área de conservação. Esta bolsa cobre as despesas de participação de um estudante brasileiro (aluno de Doutorado) na Oficina de Genética da Conservação, promovida pela Red Latinoamericana de Genética para la Conservación. O patrocínio inclui passagens aéreas, inscrição no evento, hospedagem e alimentação, permitindo que o estudante se concentre no aprendizado e na troca de conhecimentos com especialistas da área. A Beca Luísa possibilita: ● Participar de eventos internacionais proporciona ao estudante uma visão mais ampla e atualizada sobre as técnicas e tendências em genética da conservação; ● A oportunidade de interagir com especialistas e pesquisadores de renome pode abrir portas para colaborações futuras e enriquecimento acadêmico; ● O suporte financeiro ajuda a aliviar o peso das despesas associadas a eventos acadêmicos, permitindo que o estudante se dedique plenamente à sua pesquisa e ao seu desenvolvimento profissional. Conheça mais sobre a Beca Luísa ! Prêmio Luísa O Prêmio Luísa é uma honraria que visa reconhecer e apoiar pesquisas e projetos inovadores em conservação ambiental. Ele tem como objetivo reconhecer e premiar trabalhos de alunos de graduação na área de Ciências Biológicas que se destaquem pela excelência e contribuição à conservação da biodiversidade e à consciência ambiental da sociedade. O Prêmio promove: ● Visibilidade e reconhecimento aos projetos vencedores, destacando o impacto positivo de suas pesquisas para a conservação; ● Os projetos premiados recebem suporte financeiro para a execução de suas iniciativas, ajudando a transformar ideias inovadoras em ações concretas; ● Estimula a produção de pesquisas e projetos que possam contribuir significativamente para a preservação e a proteção dos ambientes naturais. Conheça mais sobre o Prêmio Luísa ! Contribua em projetos de conservação ambiental e transforme o futuro O Instituto Luísa Pinho Sartori tem obtido resultados impressionantes em suas iniciativas de conservação. O ILPS já patrocinou dezenas de projetos de conservação com impacto tanto local quanto nacional, demonstrando seu firme compromisso com a proteção ambiental. Um resumo do que falamos acima: Jovens Talentos para a Conservação Impacto: - Patrocínios financeiros para execução de projetos inovadores em conservação. - Expansão nacional em 2024. - Apoio a projetos que abordam desafios ambientais locais e nacionais. Para quem: Mestrandos em Ecologia Beca Luísa Impacto: - Participação em eventos internacionais de genética da conservação. - Suporte financeiro para passagens, inscrição, hospedagem e alimentação. - Oportunidade de interação com especialistas. Para quem: Estudantes brasileiros (Doutorado) Prêmio Luísa Impacto: - Reconhecimento e suporte financeiro para pesquisas e projetos em conservação ambiental. - Visibilidade e incentivo para projetos inovadores. - Estímulo à produção de pesquisas significativas. Para quem: Alunos de graduação em Ciências Biológicas Você também pode fazer parte desta causa. O ILPS utiliza as doações recebidas para financiar projetos e eventos voltados para a conservação ambiental. As contribuições são investidas diretamente em iniciativas que promovem a proteção dos ecossistemas, a formação de novos pesquisadores e a disseminação de conhecimentos sobre a importância da conservação. Para apoiar o Instituto Luísa Pinho Sartori, você pode fazer uma doação . Cada contribuição ajuda a fortalecer a missão do Instituto e a garantir um futuro mais sustentável para o nosso planeta. Entre para essa causa e faça a diferença. Invista no futuro da conservação ambiental .
29 de julho de 2024
O planeta Terra é a nossa casa, um lar vibrante e único de se viver. Mas, nos últimos tempos, essa casa vem sofrendo com as ações do ser humano. Poluição, desmatamento, extinção de espécies ... A lista de problemas ambientais é extensa e preocupante. Mas, nem tudo está perdido! Cada um de nós pode se tornar um heroi do planeta, lutando pela preservação do meio ambiente. E a melhor parte? Não é preciso ter superpoderes! Com apenas 7 passos simples, você pode fazer a diferença e contribuir para um futuro mais verde e sustentável. Neste guia prático, vamos apresentar esses 7 passos e te mostrar como se tornar uma pessoa defensora da Terra. Passos para contribuir com a conservação ambiental A conservação ambiental é uma responsabilidade coletiva, essencial para a sobrevivência e o bem-estar de todas as formas de vida no planeta. No Brasil, a situação é alarmante: as florestas da Mata Atlântica, um dos biomas mais ricos em biodiversidade do mundo, foram as mais devastadas do país. Atualmente, apenas 12% da cobertura florestal original permanece bem preservada . Ainda há esperança. Confira a seguir 7 passos práticos e fáceis para começar a mudança por você e transformar o mundo ao seu redor: 1. Reduza, Reutilize e Recicle A redução do consumo, a reutilização de materiais e a reciclagem são práticas essenciais para minimizar o impacto ambiental. Com os 3 R's da Sustentabilidade - Reduzir, Reutilizar e Reciclar - podemos revolucionar o nosso consumo de forma consciente. Reduza: Consumir menos é o primeiro passo para a sustentabilidade. Compre apenas o que precisa, evite o desperdício e opte por produtos duráveis. Reutilize: Antes de jogar fora, pense em dar um novo uso! Transforme potes em recipientes, roupas em novas peças e restos de comida em adubo. Recicle: Separe o lixo reciclável e contribua para a criação de novos produtos. Lave e seque as embalagens, conheça os pontos de coleta e incentive a reciclagem. Importante: Curiosidades sobre Unidades de Conservação no Brasil 2. Apoie ações e projetos de conservação Apesar da Imazon mostrar resultados positivos com a queda de 60% no desmatamento da Amazônia em janeiro deste ano, o desmatamento supera ainda o espaço de 250 campos de futebol por dia . A perda de florestas na Mata Atlântica é uma tragédia ecológica que compromete a biodiversidade e processos naturais vitais como o ciclo das águas e a regulação do clima. O reflorestamento contribui para a restauração desses processos e para a manutenção dos serviços ecossistêmicos. Por isso, participar ativamente de iniciativas sustentáveis pode amplificar os impactos positivos e contribuir para a recuperação das florestas, ainda mais participar e apoiar projetos de reflorestamento pode ajudar a recuperar áreas degradadas e aumentar a cobertura vegetal. O Instituto Luísa Pinho Sartori (ILPS) dedica-se a apoiar e promover a conservação ambiental através de diversas iniciativas que visam incentivar o desenvolvimento de jovens conservacionistas. Por meio de prêmios, bolsas de estudo e patrocínios, o Instituto contribui para a formação de uma nova geração de profissionais comprometidos com a preservação do meio ambiente. Conheça mais sobre sua atuação e apoie! 3. Consuma produtos sustentáveis Optar por produtos que tenham um menor impacto ambiental, como aqueles certificados por práticas de sustentabilidade, pode fazer uma grande diferença. Isso inclui alimentos orgânicos, papel reciclado e produtos de madeira com certificação ambiental, contribuindo para a diminuição do desmatamento e para a conservação das florestas. Além disso, procure alimentos mais naturais promovidos pela agricultura familiar. 4. Economize água A conservação da água é essencial para a manutenção dos ciclos naturais. Infelizmente, apesar do Brasil ser um dos maiores detentores de água potável do mundo, a água em si é um recurso não renovável - vai esgotar! Fora que a redução do uso de água ajuda a preservar os recursos hídricos e a manter os ecossistemas florestais saudáveis, essenciais para o ciclo das águas e a regulação climática local e regional. Use a água de forma consciente: Deixe o chuveiro aberto apenas enquanto se ensaboa, reduzindo o tempo do banho para 5 minutinhos Reutilize a água da chuva para regar plantas, lavar o carro ou limpar a casa Feche bem as torneiras após o uso, verificando se há vazamentos em pias, chuveiros e descargas Seja consciente ao lavar calçadas, quintais e mais espaços domésticos - principalmente em períodos mais quentes 5. Promova a educação ambiental A conscientização e educação ambiental são fundamentais para promover mudanças duradouras. Ensinar sobre a importância das florestas e os impactos do desmatamento pode incentivar ações positivas e a adoção de práticas sustentáveis, como a preservação de solos e o equilíbrio dos processos ecológicos. Isso pode ser na escola, nas universidades, em sua própria casa. Não se limite! Leia também: Quais são as consequências das florestas vazias para o clima? 6. Utilize transportes sustentáveis Optar por meios de transporte menos poluentes, como bicicletas, transporte público ou veículos elétricos, reduz a emissão de gases de efeito estufa e contribui para a mitigação das mudanças climáticas. A regulação do clima local e regional é diretamente afetada pela degradação das florestas, e o uso de transportes sustentáveis pode ajudar a aliviar essa pressão. 7. Apoie e valorize comunidades locais As comunidades locais desempenham um papel importante na conservação ambiental. Apoiar práticas sustentáveis de agricultura e artesanato, por exemplo, pode ajudar a manter os meios de subsistência dessas comunidades e a proteger os recursos naturais. Comprando produtos de origem local e sustentáveis, você contribui para a preservação dos ecossistemas e para o bem-estar das pessoas que dependem deles. Aplique os passos e contribua com a conservação ambiental do planeta Não vou mentir: a situação é desafiadora. A ação humana acarreta em consequências graves para as gerações, e precisamos encontrar um meio de reverter isso. Se você realmente quer fazer a diferença na conservação ambiental do planeta, não deixe de acompanhar o ILPS. Desde 2015, suas atividades são baseadas no respeito a todos os credos e ideologias, na solidariedade com as pessoas e na preservação do Planeta Terra, dentro de um contexto de pluralismo e tolerância. As doações recebidas são utilizadas para financiar os projetos e serviços que realizam nos três pilares de atuação: projetos que contribuem diretamente para a Conservação da Natureza; Apoio e incentivo para a formação dos jovens conservacionistas; Divulgação e defesa da Causa da Conservação da Natureza. Conheça mais sobre o ILPS e faça parte da causa ! Não deixe também de acompanhar o Instituto nas redes sociais: Instagram: https://www.instagram.com/institutoluisa/ LinkedIn: https://www.linkedin.com/company/institutolu%C3%ADsapinhosartori/
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